Thursday, August 23, 2007

Torre Bela. Que é feito da nossa revolução selvagem?

Para quem se interesse, nesta página está a reportagem que saiu no Público sobre a Torre Bela.
http://womenage.lifelogger.com/484886

Tropa Fandanga 1

Vocês é que têm de fazer as leis!

Comprativa

'E da cooperativa!!'

A não perder... Manique no grande écrã

O documentário já é antigo, mas voltou agora às salas de cinema, mais concretamente do king, Chama-se 'Torre Bela' e é a história da ocupação desta quinta pelo povo de Manique, Maçussa e Vila Nova de São Pedro, no período quente pós-revolução. Vale mesmo a pena ver, seja pelo interesse histórico ou até por tantas caras conhecidas passarem por lá. Como acrescento, no dia 3 de Agosto a capa do suplemento Ípsilon, do Público, foi sobre isto, e foram falar com muita gente em Manique. E o Youtube já tem um ou outro excerto do filme. O Bruno Morgado fez o favor de me enviar os links. São estes:
http://www.youtube.com/watch?v=CbxGF7ZhHDM

http://www.youtube.com/watch?v=BjRIO7TylLw

Já aqui ponho os filmes mesmo.

Uma dúvida

Por curiosidade... Se a Arrifana é assim tão antiga porque é que há tão poucas provas arqueológicas? Foi-se mesmo tudo com o terramoto de 1755?

Tuesday, August 21, 2007

História de São Pedro de Arrifana

Em breve pesquisa pelo site da Câmara de Azambuja, descobri um textinho sobre a freguesia de Manique. No final, estava esta interessante cronologia com algumas citações sobre São Pedro de Arrifana. É 'engraçado' é que Manique continue a falar de São Pedro de Arrifana como se esta fosse a 'sua' história, quando todos sabemos que Manique não passava de um lugar (Alcoentrinho)...E ainda está por esclarecer a história de São Pedro... Alguém sabe contá-la?
Aqui vai a história... Somos mesmo antigos! ;)

"Manique do Intendente tinha, segundo os Censos de 2001, 1392 habitantes e uma área de 35, 877 Km 2. Juntamente com as actuais freguesias de Vila Nova de S. Pedro e Maçussa, constituíam desde o século XIII o território paroquial de S. Pedro de Arrifana, até que D. Maria I, no século XVIII, autorizou que o seu Intendente, Dr. Diogo Inácio de Pina Manique, mudasse para Manique do Intendente a designação do lugar Alcoentrinho e sede paroquial sob a invocação do mesmo apóstolo e primeiro Papa. O secular Alcoentrinho reconfigura-se num Manique do Intendente (...) O mesmo território passou a constituir a cabeça do "senhorio", paróquia e concelho, com jurisdição particular de Pina Manique. Partilha com Vila Nova de S. Pedro até 1924 e com Maçussa até 1985, uma história comum, cujas fontes documentais conhecidas, remontam ao início do século XIV.
1301 - João Simão, meirinho-mor de D. Dinis e sua mulher Maria Guilherme, fazem doação por escambo com Vasco Fernandes, Mestre dos Templários, de uma quinta de Alcoentrinho pela granja de Odivelas. - Pedro Álvares, Compilação das Escrituras da Ordem do Cristo.
1320-1321 - Para efeitos de "Bula de Cruzada" que o Papa autorizara D. Dinis a cobrar os dízimos, a paróquia de S. Pedro de Arrifana é taxada em 400 libras. - Catálogo de todas as Igrejas, Comendas e Mosteiros dos Reinos de Portugal e Algarve , Biblioteca Nacional de Lisboa e Pereira, J., Santa Maria de Azambuja , p. 76.
1341 - D. Fernando emite sentença contra a devassa nas terras da Ordem de Cristo, feita pelos gados de moradores de Alcoentrinho e Torre Bela. - IAN-TT, Chancelarias Régias, Chancelaria de D. Fernando e Pedro Álvares, Compilação das Escrituras da Ordem do Cristo , f. 113 v.º e 114.
1527 - O "numeramento" da população atribui à aldeia d'Arrifana 19 vizinhos e 61 fogos nas outras aldeias e quintas. Anselmo Braamcamp Freire, Povoação da Estremadura no XVI Século , p. 262.
1576 - D. Diogo de Gouveia - O Moço , morre em Palmela, onde era Prior-Mor da Ordem de Santiago da Espada. Nascera em S. Pedro de Arrifana, estudou no Colégio de Santa Bárbara - Universidade de Paris, onde também foi Reitor. É considerado um dos maiores humanistas do Renascimento do século XVI. - Pereira, J., Diogo de Gouveia , o Moço , em O Povo do Cartaxo, Novembro de 2001.
1579 - A 11 de Outubro tem início o Livro 1 dos Mistos (Baptismos, Casamentos e Óbitos) de S. Pedro de Arrifana, dando cumprimento às directrizes saídas do Concílio de Trento. É no seu género, o livro mais antigo destes assentos do Concelho de Azambuja. - IAN-TT, Registos Paroquiais, Lisboa, Azambuja, S. Pedro de Arrifana (Manique do Intendente).
1712 - Segundo a Corografia Portugueza , o território de S. Pedro de Arrifana dispunha do serviço de cinco juizes de vintena. - António Carvalho da Costa, Corografia Portuguesa t. III, p. 249.
1724 - Felícia Maria em súplica de 1 de Agosto dirigida a D. João V, pede para seu filho, Manuel Coelho, os cargos de "juiz ordinário" em Zambujeira e juiz de vintena em S. João da Ribeira e S. Pedro de Arrifana. - IAN-TT, Chancelarias Régias, Chancelaria de D. João V, Livro 65, f. 142.
1733 - A 3 de Outubro nasce Diogo Inácio de Pina Manique, filho de D. Helena Inácio de Faria e de Pedro Damião, cavaleiro e escrivão da Ordem de Cristo. - José Norton, Pina Manique - Fundador da Casa Pia de Lisboa , p. 10.
1758 - Vicente Coelho da Silva, prior encomendado da paróquia, redige em 2 de Abril as "Memórias Paroquiais" de S. Pedro de Arrifana. Segundo esta fonte, a paróquia tinha duzentos e trinta e cinco fogos, pertencendo ao lugar de Alcoentrinho 47 vizinhos. IAN-TT, Memórias Paroquiais de 1758, v. V, n.º 12, f. 621-626.
1775 - D. Inácia Umbelina Brito de Nogueira de Matos que casara dois anos antes com Diogo Inácio de Pina Manique, é legitimada como herdeira única de seu pai, monsenhor da Sé Patriarcal. - José Norton, Pina Manique - Fundador da Casa Pia de Lisboa , p. 18-19.
1791 - Alvará de mercê de D. Maria I ao Doutor Diogo Inácio Pina Manique, datado de 11 de Julho, tendo em atenção os seus altos serviços e cargos, autoriza, mediante a reunião de certas condições populacionais, que Alcoentrinho se passe a chamar Manique do Intendente, para se tornar cabeça de paróquia e concelho do seu Intendente Geral da Polícia. - IAN-TT, Chancelarias Régias, Chancelaria de D. Maria I, L. 39, f. 209.
1791 - A 13 de Agosto, um segundo "Alvará" de D. Maria, concede ao Intendente Pina Manique e a Manique do Intendente, o privilégio de "sede" de "senhorio" de solar, complementando as mercês do Alvará de 11 de Julho. - IAN-TT, Chancelarias Régias, Chancelaria de D. Maria I, L. 39, f. 257.
1798 - O cômputo da população do concelho de Manique do Intendente, é de duzentos e sessenta e sete fogos. - Joaquim Veríssimo Serrão, A População de Portugal em 1798 , p. 8.
1805 - Morre a 26 de Abril, em Lisboa, o 1º senhor de Manique do Intendente, Doutor Diogo Inácio Pina Manique, ficando sepultado na igreja de Nossa Senhora da Penha de França.
1836-1842 - Pela legislação produzida entre 1832 e 1836 para ordenamento e administração do território, sobretudo o Decreto de 6 de Novembro deste último ano, Manique do Intendente passa a integrar o concelho de Alcoentre. - Colecção de Leis e Outros Documentos Oficiais, Imprensa Nacional, Lisboa, 1.ª a 11.ª séries e Luís Nuno Espinha da Silveira, Território e Poder.
1855 - Nova reforma da Monarquia Constitucional Liberal, integra o concelho de Alcoentre no de Azambuja, por força do Decreto de 24 de Outubro - Colecção Oficial da Legislação Portuguesa de 1842 em Diante, Imprensa Nacional, Lisboa, e Luís Nuno Espinha da Silveira, Território e Poder - Nas Origens do Estado Contemporâneo em Portugal , Patrimónia Histórica, Cascais, 1997, p. 150.
1916 - Na noite de 1 de Setembro, D. Diogo Pina Manique, neto do Intendente Pina Manique, aparece assassinado em Alcoentre. - Jornal O Libertador , (série), Outubro de 1927 e A. Tomé Vieira , 1934, Porque Mataram Pina Manique? Henrique Torres, Editor, Lisboa.
1924 - Desanexada da Freguesia de Manique do Intendente, é criada uma nova freguesia com sede no lugar de Vila Nova, com o nome de Vila Nova de S. Pedro. - Por Terras de Azambuja , Patrimónia, n.º 8, p. 13.
1927 - Em defesa dos direitos dos antigos foreiros de Manique do Intendente, é publicado em livro "A Questão dos Foros de Manique do Intendente". - Tipografia Manuel A. Pacheco L.da, Lisboa.
1985 - Desanexada de Manique do Intendente a 4 de Outubro, a Maçussa passa a ser oficialmente a 9.ª freguesia do Concelho de Azambuja. - Por Terras de Azambuja , Património, n.º 8, p. 13.

Festas!!

Não, não, não vos vou fazer festas nenhumas, vou só dizer poder onde se poderão distrair nos próximos fins-de-semana.
No próximo, de 24 a 28, vai haver festa em Vale da Pinta, onde o abrilhantado artista que mais se destaca é o José Cid, no domingo! Ah, e claro, os Ferro e Fogo...
Em Pontével a festa é no fim-de-semana a seguir, entre 31 e 4 de Agosto. Aqui não há Cid, mas há melhor: Blasted Mechanism, Quatro Cantos, Vitorino e José Carvalho, Expensive Soul & Jaguar Band. Parece bom, não? Apareçam!

Regresso de férias

Olá arrifaneiros e etcetereiros!
Eis-me de regresso das férias grandes (como se fossem mesmo grandes..., daquelas em que o cérebro até mirrava ali para os lados do Largo d'Além...). A nossa Arrifana lá continua, vazia, vazia, agora sem café, sem sociedade e sem taberna. Na há nada pa ninguém! Bica só em Manique, que este fim-de-semana teve a sua maravilhosa festa anual. E pronto, lá continua ela,igual a si própria, com as mesmas pessoas, as mesmas chunguices e uma ventania dos diabos.
Voltando à nossa aldeia, parece que há novidades, entre as quais a melhor parece mesmo ser a reabertura do café, com nova gerência. Se por acaso o novo gerente aqui vier ao blogue, faça o favor de contar tudo, sim? :)
A sociedade lá está, de portas fechadas, à espera que alguém tenha pachorra para voltar a abri-la. Devo confessar que há pessoas que até nem se importariam de lá voltar, nem que fosse para organizar algumas coisitas de vez em quando. Festas, teatro, concertos, enfim... Mas é preciso que haja alguém com capacidade de acção, e não apenas de conversa, como tem acontecido até agora... A ver vamos... Quem sabe se ainda não haverá novidades até ao final da época estival (que, como se sabe, termina com a última música da Festa do Avante)? Se os caríssimos conterrâneos aqui vierem, façam o favor de comentar e de se mostrarem disponíveis para fazermos coisas! Vamos a isso!
Benne, cá me voy. Inté!